Frutas pouco maduras são menos nutritivas?

Na feira ou no supermercado, sempre que nos deparamos com uma fruta longe de estar madura fica sempre a dúvida: existe muita perda nutricional quando comemos uma fruta que ainda não está pronta?

Existe uma mudança significativa no valor nutricional à medida que uma fruta ou vegetal amadurece, mas isso pode não ser o principal fator da nutrição, afirma Jennifer Wilkins, da divisão de ciências nutricionais da Cornell University College of Human Ecology.

A mudança de valor varia com fatores como a variedade e o manuseio após a colheita, explica a especialista. Por exemplo, um estudo de 2004 com amoras, publicado no “The Journal of Agricultural Food Chemistry”, descobriu que o nível de pigmentos antocianina, que podem ter benefícios antioxidantes, aumentou mais de quatro vezes quando amoras Marion passaram de pouco maduras a maduras demais (de 74,7mg a 317mg por 100g). Para outra variedade, a Evergreen, eles aumentaram pouco mais de duas vezes (de 69,9mg para 164mg).

Embora atividades antioxidantes também aumentem com o amadurecimento, elas não mostraram uma mudança significativa.

“Para muitas frutas e vegetais no supermercado, o amadurecimento não é um grande fator”, diz Wilkins.

Muito embora um tomate possa ser colhido antes do auge de amadurecimento e transportado antes que a vitamina C tenha a chance de se desenvolver integralmente, outros fatores mais importantes podem influenciar nos teores de nutrientes: se ele foi resfriado o suficiente após a colheita; a que umidade e temperatura ele foi exposto no transporte; e o tempo que levou até chegar ao mercado.

* Por C. Clairborne Ray

Fonte: Ig

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